"Tu es Petrus et super hanc petram ædificabo Ecclesiam meam et portæ inferi non prævalebunt adversus eam"

sábado, 6 de março de 2010

ANO SACERDOTAL

A Igreja Universal, convocada pelo Papa Bento XVI, celebra o Ano Sacerdotal (2009 – 2010), Tempo este de orações pela santificação dos sacerdotes, para que estes, de fato, vivam de acordo com o modelo sacerdotal do Coração do Senhor. O lema “Fidelidade de Cristo, fidelidade do Sacerdote” nos leva a refletir profundamente sobre o autêntico sentido e missão do sacerdócio católico e nos desafios que este implica. Ser sacerdote em meio ao mundo controverso em que vivemos é, sem dúvida alguma, portasse como parâmetro moral, ético e humanitário, crendo em meio ao desalento que, “é Ele que nos fortalecerá até o fim” (Cf. 1Cor 1,8).
A Igreja de cristo necessita de homens santos e sábios, que respondam ao chamado de Deus para uma entrega livre de si ao serviço sacerdotal, hoje. Homens de têmpera, fidelidade à doutrina e de profundo amor a Deus e a cada homem, imagem do Senhor.
Pelo santo batismo cada cristão se torna, pela unção do Espírito Santo, participante da missão de Jesus de evangelizar os pobres, sarar os contritos de coração, anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos e proclamar o tempo da graça do Senhor (Cf. Lc 4,16-19). O sacerdote, de modo maior, principalmente pelo ministério que lhe foi confiado, é convocado por Deus para ser “outro Cristo”, ser semente que morre para promover Vida. É chamado a lutar com veemência contra os costumes permissivos e degradantes tão presentes em nossa sociedade, frutos de uma mentalidade deturpada pelos valores desprezíveis do Paganismo arrogante, que sempre quis enganar e desviar da Verdade os homens, roubando-lhes a dignidade e a liberdade que gozam como filhos de Deus em Jesus Cristo no Espírito.
É crescente em nosso tempo o paganismo relativista, que despede Deus das consciências, afastando os homens da Contemplação de Deus, fazendo-os considerarem apenas suas necessidades temporais, buscando de modo desenfreado a satisfação dos seus prazeres e apetites. Daí cada homem cria para si ídolos, seja pelo consumismo exagerado, que é fruto do materialismo, que gera a avareza, provocando desigualdades na sociedade, onde alguns têm muito e outros nada têm, seja também por meio da deturpação da sexualidade humana, que insiste em mudar a ordem natural dada por Deus, fruto da sensualidade crescente nos meios de comunicação audiovisuais, gerando toda espécie de promiscuidade e alienação, sobretudo em meio aos jovens.
As pessoas nesse contexto apresentado, vão se “coisificando”, perdendo a capacidade de raciocinar sobre a Verdade, pois estão totalmente sobre o controle daqueles “ídolos” que lhes controlam a consciência e seus atos. O sacerdócio católico é chamado a ser hoje um sinal de Deus para o mundo, um sinal de libertação para os homens e mulheres do nosso tempo que estão afastados do verdadeiro Deus, cegos e entregues à escravidão do pecado imposto pelos esquemas covardes que querem destruir a vida humana para promoverem seus interesses.
O Sacerdote de hoje, deve, como verdadeiro discípulo e missionário do Senhor Jesus, denunciar e combater todo erro e todo mal que exista em nosso meio: As drogas, a ganância, o poder de opressão, o uso indevido do sexo, o aborto, a violência e etc. E assim ajudar o mundo a fazer o caminho interior do reencontro com Deus, da reativação da amizade com Ele, valorizando cada individuo como pessoa muito amada pelo Senhor, fazendo-o conhecedor dessa verdade e devolvendo-lhe a dignidade de vida, promovendo a solidariedade, a paz e o diálogo, levando cada homem a perceber que esta vida é fugaz e que a verdadeira e eterna vida, e tesouro estão em Deus.
Motivados pelo ano sacerdotal, rezemos pela fidelidade dos nossos sacerdotes. Que Deus abençoe os esforços e pequenos sacrifícios de cada sacerdote, inserido em meio às dores do mundo, em prol do Reino. Que suas vidas sejam trigo que se imola para que a obra de Deus cresça e frutifique. Que em seus corações esteja a certeza de que “Aquele que começou a boa obra, há de levá-la à perfeição” (Fl 1,6), pois é fiel Aquele que fez a promessa! (Cf. Hb 10,23).


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