"Tu es Petrus et super hanc petram ædificabo Ecclesiam meam et portæ inferi non prævalebunt adversus eam"

terça-feira, 20 de abril de 2010

1800 JOVENS PARTICIPARAM DO CONGRESSO DIOCESANO DA JUVENTUDE




Com o tema "Bom mestre, o que devo fazer para ter em herança a vida eterna?" (Mc 10,17), o I Congresso Diocesano reuniu em Italva, no Centro de Evangelização Sagrado Coração de Jesus, 1.800 jovens da Diocese de Campos. No sábado, dia 17/04, aconteceu o Pré-Congresso com os representantes das Paróquias dos Setores Norte e Noroeste. Alessandro Garcia (Diocese de Petrópolis) ministrou os momentos de reflexão, e as lideranças receberam orientações pastorais a respeito do Setor Diocesano da Juventude e partilharam experiências e sugestões para uma melhor evangelização com a juventude.

No domingo, dia 18/04, o grande dia do Congresso, jovens de toda a Diocese de Campos se reuniram em Italva realizando um grande encontro que consolidou, na diversidade de carismas e espiritualidades,  a unidade da juventude diocesana. Diversos grupos, movimentos e pastorais ligados à juventude ali estavam presentes, e agora estão unidos pelo Setor Diocesano da Juventude. Deus abençoe este trabalho e os nossos jovens!

domingo, 18 de abril de 2010

CARDEAL ANGELO SODANO REPRESENTARÁ O PAPA NOS FUNERAIS NA POLÔNIA


Bento XVI nomeou como seu representante nos funerais do presidente da Polônia, Lech Kaczyński , o decano do colégio cardinalício, cardeal Angelo Sodano, que presidirá uma missa por todas as vítimas e outra pelo casal presidencial.

Os funerais de Kaczynski e sua esposa Maria, mortos no sábado passado em um desastre aéreo com outras 95 pessoas, serão realizados neste domingo na Basílica de Santa Maria de Cracóvia, segundo informou a Conferência Episcopal da Polônia.

Participarão da cerimônia vários cardeais e bispos poloneses e extrangeiros, além de personalidades, autoridades e chefes de Estado de todo o mundo, entre eles o rei da Espanha, Juan Carlos I, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi.

Os restos mortais do casal presidencial serão sepultados em uma cripta na catedral do Castelo de Wawel, onde jazem reis e outras grandes personalidades históricas da Polônia.

Para o episcopado, este “é um lugar digno para preservar a memória tanto vítimas do massacre de Katyn, que completa 70 anos, como do presidente polonês e de todas as pessoas mortas servindo ao seu país”.

O cardeal Sodano também presidirá a missa que será celebrada na praça Pilsudski de Varsóvia no sábado, dedicada à memória das vítimas do acidente, que se dirigiam a Smolensko para a cerimônia de 70 anos do massacre de Katyn.

Depois desta missa, às 18 horas, será realizada a cerimônia de despedida do casal presidencial, na catedral de São João, na capital polonesa.

Ali será celebrada uma missa de corpo presente, presidida pelo arcebsipo metropolitano de Varsóvia, Dom Kazimierz Nycz.

Após a missa, haverá uma vigília de oração até as 7 da manhã de domingo, quando serão transladados para a Cracóvia os restos mortais do presidente Kaczynski e sua esposa.

Em Cracóvia, após a missa na Basílica de Santa Maria, o cortejo fúnebre seguirá para a catedral de Wawel.

Os ataúdes serão finalmente depositados na cripta deste santuário, de grande importância para toda a Polônia. A liturgia será presidida pelo arcebispo de Cracóvia, cardeal Stanislaw Dziwisz.

“O desastre aéreo de Smolensko, ocorrido nas proximidades da floresta de Katyn e que comoveu nosso país, suscitou não apenas na Polônia como também para além das fronteiras nacionais, emoções profundas, sentimentos de solidariedade e amizade”, indica um comunicado dos bispos da Polônia.

“Esta solidariedade nos ajuda a seguir adiante, e, especialmente, às famílias das vítimas”, continua o texto.

Entre as vítimas do acidente está o bispo católico Tadeusz Ploski, o arcebispo ortodoxo Miron Chodakowski e o pastor militar evangélico Adam Pilsch, além de outros sete sacerdotes cujos funerais serão realizados nos próximos dias.

Por Zenit

sábado, 17 de abril de 2010

I CONGRESSO DIOCESANO DA JUVENTUDE


Acontecerá amanhã (domingo, 18/04) o I Congresso Diocesano da Juventude, promovido pelo Setor Juventude da Diocese de Campos, com caravanas provenientes de todas as paróquias da diocese. O tema do congresso: "Bom Mestre, o que devo fazer para ter de herança a vida eterna?" faz referência à passagem do Evangelho de Mateus 19, 16-22, quando Jesus é interrogado por um jovem sobre o que lhe é necessário fazer para alcançar a Vida Eterna. Jesus responde aquele jovem, e o moço ouvindo a resposta, "vende tudo o que tens e dá-os aos pobres" , saiu pesaroso, pois era possuidor de muitos bens... Nesse congresso os jovens de nossa diocese estarão reunidos para fazer essa mesma pergunta ao nosso Bom Mestre, e certamente não sairão dali sem resposta, o Senhor responderá no coração de cada um. Ao contrário do jovem  que saiu triste depois da resposta do Senhor, esperamos no fim do congresso uma juventude mais entusiasmada e desejosa de obedecer e servir, com alegria, a Deus, nosso Senhor.

O Congresso acontecerá no Centro de Evangelização Sagrado Coração de Jesus, em Italva (RJ), das 8h às 18h. O pregador será Alessandro Garcia, da diocese de Petrópolis. O Congresso também contará com a presença das comunidades Canção Nova e Shalom, dos seminaristas da diocese, de alguns padres e de Dom Roberto, que celebrará a Santa Missa. Além disso, também haverá o lançamento do novo CD da cantora católica Aline Brasil, uma jovem,  filha de nossa diocese.

Parabenizo a dedicação e o excelente trabalho realizado pelos padres Fabiano Goulart e Gustavo, responsáveis pelo nosso Setor Juventude. O trabalho está apenas iniciando! Além do Congresso Diocesano e das formações para os agentes de grupos jovem, no dia 31 de outubro acontecerão os congressos regionais da juventude, um na Região Norte e o outro no Noroeste da diocese de Campos.

"Os Jovens não temem o sacrifício, mas, sim, uma vida sem sentido. São sensíveis à chamada de Cristo que os convida a segui-lo (...) devemos recordar-lhes que sua vocação é ser amigos de Cristo, discípulos, sentinelas do amanhã." (Bento XVI)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

AD MULTOS ANNOS, BEATÍSSIMO PADRE BENTO XVI!


No dia 16 de abril, celebramos o natalício de nosso “doce Cristo na Terra”, louvando a Deus pelo dom de sua piedosa vida inteiramente dedicada a Deus e à Santa Igreja Romana. Em seguida, no dia 19, imploramos a Deus sob a materna intercessão de Maria Santíssima e sob os auspícios de São Pedro e São Paulo pelo nosso Santo Padre, por ocasião de seu 5° aniversário de eleição para Cátedra de São Pedro Apóstolo.

Nestes dias jubilosos do aniversário natalício e pontifício de nosso Santíssimo Padre, sua augusta pessoa e seu sublime ministério petrino são atacados pelos inimigos da Santa Religião que querem a todo custo manchar sua honra e diminuir sua autoridade moral para enfraquecer ação evangelizadora da Igreja no mundo. Nesta ocasião, gostaria de partilhar uma pequena reflexão sobre o ministério petrino tão essencial para a Igreja e para o mundo, além de enaltecer aquele que o Senhor Deus constituiu Pastor Supremo de sua Igreja, Vigário de Cristo na Terra e timoneiro da barca de Pedro nestes tempos de mar bravio e tempestuoso para que nos guie ao Porto Seguro da Salvação que é Cristo Jesus.

“Tu es Petrus...” (Mt 16, 18ss). Com estas augustas palavras, Nosso Senhor Jesus Cristo confere o poder das chaves a Pedro, príncipe dos apóstolos, após tê-Lo reconhecido como o Messias, o Filho de Deus Vivo. Dessa maneira, São Pedro se torna a “pedra” sobre a qual será edificada a Igreja de Cristo. Sobre a proclamação de fé daquele humilde pescador se edificou uma instituição divina: a Santa Igreja Católica Apostólica Romana com sua estrutura hierárquica. Desde Pedro até hoje, 265 homens, santos e pecadores, ocuparam a cátedra (cadeira) do bem-aventurado Pedro na certeza de “que as portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16, 18), pois tem a garantia da assistência do Divino Espírito que concede o dom da infalibilidade, isto é, de não errar jamais quando ensina em assuntos de fé e moral.

Por isso, a Santa Igreja venera desde tempos imemoriáveis no dia 22 de fevereiro àquela cátedra na qual o sucessor de Pedro e Vigário de Cristo na Terra se assenta para ensinar a verdadeira doutrina que nos conduz à Vida Eterna. Assim, se expressou o Santíssimo Padre, Bento XVI, quando tomou posse de sua Igreja Catedral de São João de Latrão em Roma (07/05/2005): “O Bispo de Roma senta-se na Cátedra para dar testemunho de Cristo. É o símbolo da potestas docendi, aquele poder de ensinar que faz parte essencial do mandato de ligar e desligar conferido pelo Senhor a Pedro e, depois dele, aos Doze. Na Igreja, a Sagrada Escritura, cuja compreensão aumenta sob a inspiração do Espírito Santo, e o ministério da interpretação autêntica, conferido aos apóstolos, pertencem um ao outro de modo indissolúvel. [...] Este poder de ensinamento assusta muitos homens dentro e fora da Igreja. Perguntam-se se ela não ameaça a liberdade de consciência, se não é uma soberba em oposição à liberdade de pensamento. Não é assim. O poder conferido por Cristo a Pedro e aos seus sucessores é, em sentido absoluto, um mandato para servir. O poder de ensinar, na Igreja, obriga a um compromisso ao serviço da obediência à fé. O Papa não é um soberano absoluto, cujo pensar e querer são leis. Ao contrário: o ministério do Papa é garantia da obediência a Cristo e à Sua Palavra. Ele não deve proclamar as próprias ideias, mas vincular-se constantemente a si e a Igreja à obediência à Palavra de Deus, tanto perante todas as tentativas de adaptação e de adulteração, como diante de qualquer oportunismo”.

Como se percebe o poder do Papa na Igreja é um poder pleno, supremo, imediato e universal – como reza os sagrados cânones 331-333 do atual Código de Direito Canônico, mas não pode ser absoluto nem ilimitado, dado que está subordinado ao poder divino, que se expressa na Tradição, na Escritura Sagrada e nas definições promulgadas pelo Magistério Eclesiástico anterior (Denz. 3116).

Por isso, dentro de todos os títulos que o Santo Padre recebe o que melhor expressa esta verdade é aquele instituído pelo papa São Gregório Magno, no século VI: “Servus Servorum Dei”, ou seja, o servo dos servos de Deus. O Papa portanto é aquele que serve a Igreja em seu sagrado ministério petrino que é indispensável para manter inabalável na mesma fé os fiéis unidos pelo vínculo da unidade e da caridade. Nestes dias em que comemoramos o aniversário natalício e pontifício, rezemos pelo nosso Papa Bento, o “ doce Cristo na Terra” – como afirmava Santa Catarina de Siena, sustetemos sua augusta pessoa e seu sublime ministério petrino com nossas orações e sacrifícios cotidianos. Por que ele é – nas palavras do glorioso São Bernardo de Claraval dirigidas ao seu filho espiritual o Papa Eugenio III: “O grande sacerdote, o sumo pontífice. Sois o príncipe dos bispos, o herdeiro dos apóstolos; Abel por primado, Noé por Governo; no patriarcado, Abraão; na Ordem, Melquisedec; na dignidade, Aarão; na autoridade, Moisés; na justiça, Samuel; na potestade, Pedro; na unção Cristo. Sois aquele a quem foram dadas as chaves, a quem foram confiadas as ovelhas. Outros além de vós são também porteiros do Céu e pastores de rebanhos; mas esse duplo título é em vós tanto mais glorioso quanto recebestes como herança num sentido mais particular que todos os demais. Esses outros têm seus rebanhos, somente vós tendes um só rebanho, formado não apenas pelas ovelhas, mas também pelos pastores; sois o único pastor de todos. (De Consideratione, L. II, 8). [...] Por fim, considerai que deveis ser o modelo exemplar da justiça, o espelho da santidade, o exemplo da piedade, a testemunha da verdade, o defensor da fé, o mestre das nações, o guia dos cristãos, o amigo do esposo, o padrinho da esposa, o ordenador do clero, o pastor dos povos, o mestre dos ignorantes, o refúgio dos perseguidos, o defensor dos pobres, a esperança dos miseráveis, o tutor dos órfãos, o protetor das viúvas, o olho dos cegos, a língua dos mudos, o bastão dos velhos, o vingador dos crimes, o terror dos perversos, a glória dos bons, o cetro dos poderosos, o flagelo dos tiranos, o pai dos reis, o moderador das leis, o dispensador das normas, o sal da terra, a luz do mundo, o sacerdote do Altíssimo, o vigário de Cristo, o unguento do Senhor. (De Consideratione, L. IV 23).

Com toda certeza, podemos aplicar esta admoestação do santo abade de Claraval ao nosso Santo Padre Bento XVI, pois de sua cátedra romana, ele não cessa de ser: modelo de justiça ao corrigir “um equívoco histórico ao declarar desimpedido o uso da Liturgia Romana tradicional” (Oblatvs); espelho de santidade e exemplo de piedade ao nos recordar a primazia do amor-caridade, da adoração ao Santíssimo Sacramento, bem como de uma Divina Liturgia que é um autêntico culto agradável a Deus por sua sacralidade e beleza; testemunha da verdade e defensor da fé ao guardar com intrépida firmeza o depósito da fé contra o relativismo, o modernismo e todas as heresias que ameaçam a barca de Pedro; o mestre das nações ao ensinar as verdades de fé com clareza e objetividade... Enfim, o Santo Padre é o sacerdote do altíssimo, vigário de Cristo e unguento do Senhor. Por este imenso dom [o ministério petrino] confiado pelo próprio Senhor a Pedro e a seus sucessores, louvemos e agradeçamos a Deus, pois temos a certeza de que “as portas do inferno não prevalecerão” (Cf. Mt 16, 18ss). E, jamais nos esqueçamos de rezar pelo nosso amado pontífice, sustentá-lo com nossas orações para que continue a guiar a barca de Pedro com sabedoria, coragem e firmeza apostólica, promovendo uma autêntica reforma da Santa Igreja que expulse de uma vez por todas a “fumaça de Satanás” que penetrou na Igreja, como já denunciava seu predecessor S.S. Paulo VI (29/07/1972).

Oxalá os católicos se conscientizem da importância do ministério petrino na vida da Igreja e amem com pia veneração o nosso Santo Padre, sendo obediente aos seus ensinamentos.

Da nossa parte, acolha, Santo Padre, as nossas orações e nossa filial obediência, pois “A ti corremos, Angélico Pastor, / Em ti nós vemos o Doce Redentor! / A voz de Pedro na tua o mundo escuta, / Conforto e escudo de quem combate e luta. / Não vencerão as portas do inferno, / Mas a verdade, o doce amor fraterno. [...] Salve, Santo Padre, / Vivas tanto ou mais que Pedro! / Desça qual mel do rochedo / A bênção paternal” (Gounod. Marcha Pontifícia).

Viva o Santo Padre! Vida longa a Bento XVI! Ad multos annos!

Por Maycon Sanches

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O ENCERRAMENTO DO ANO SACERDOTAL


O prefeito da Congregação para o Clero e arcebispo emérito de São Paulo (SP), cardeal dom Cláudio Hummes, escreveu uma carta por ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal, que teve início no dia 19 de junho de 2009 e termina no próximo dia 19 de junho.  Confira, abaixo, o texto na íntegra:

Roma, 12 de abril de 2010

Caros Presbíteros,

A Igreja sem dúvida está muito feliz com o Ano Sacerdotal e agradece ao Senhor por haver inspirado o Santo Padre a decidir sua realização. Todas as informações que chegam aqui a Roma sobre as numerosas e multíplices iniciativas programadas pelas Igrejas locais no mundo inteiro para realizar este ano especial constituem a prova de como foi bem recebido e - podemos dizer – correspondeu a um verdadeiro e profundo anseio dos presbíteros e de todo o povo de Deus. Estava na hora de dar uma atenção especial de reconhecimento e de empreendimento em favor do grande, laborioso e insubstituível presbitério e de cada presbítero da Igreja.

É verdade que alguns, mas proporcionalmente muito poucos, presbíteros cometeram horríveis e gravíssimos delitos de abuso sexual contra menores, fatos que devemos rejeitar e condenar de modo absoluto e intransigente. Devem eles responder diante de Deus e diante dos tribunais, também civis. Mas estamos antes de mais nada do lado das vítimas e queremos dar-lhes apoio tanto na recuperação como em seus direitos ofendidos.

Por outro lado, os delitos de alguns não podem absolutamente ser usados para manchar o inteiro corpo eclesial dos presbíteros. Quem o faz, comete uma clamorosa injustiça. A Igreja, neste Ano Sacerdotal, procura dizer isto à sociedade humana. Qualquer pessoa de bom senso e boa vontade o entende.

Dito necessariamente isso, voltamos a vós, caros presbíteros. Queremos dizer-vos, mais uma vez, que reconhecemos o que sois e o que fazeis na Igreja e na sociedade. A Igreja vos ama, vos admira e vos respeita. Sois também alegria para nossa gente católica no mundo, que vos acolhe e apoia, principalmente nestes tempos de sofrimentos.

Daqui a dois meses chegaremos ao encerramento do Ano Sacerdotal. O Papa, caros sacerdotes, convida-vos de coração a vir de todo o mundo a Roma para este encerramento nos dias 9, 10 e 11 de junho próximo. De todos os países do mundo. Dos países mais próximos de Roma dever-se-ia poder esperar milhares e milhares, não é verdade? Então, não recuseis o convite premuroso e cordial do Santo Padre. Vinde e Deus vos abençoará. O Papa quer confirmar os presbíteros da Igreja. A vossa presença numerosa na Praça de São Pedro constituirá também uma forma propositiva e responsável de os presbíteros se apresentarem, prontos e não intimidados, para o serviço à humanidade, que lhes foi confiado por Jesus Cristo. A vossa visibilidade na praça, diante do mundo hodierno, será uma proclamação do vosso envio não para condenar o mundo, mas para salvá-lo (cfr. Jo 3,17 e 12,47). Em tal contexto, também o grande número terá um significado especial.

Para essa presença numerosa dos presbíteros no encerramento do Ano Sacerdotal, em Roma, há ainda um motivo particular, que a Igreja hoje tem muito a peito. Trata-se de oferecer ao amado Papa Bento XVI nossa solidariedade, nosso apoio, nossa confiança e nossa comunhão incondicional, diante dos frequentes ataques que lhe são dirigidos, no momento atual, no âmbito de suas decisões referentes aos clérigos incursos nos delitos de abuso sexual contra menores. As acusações contra o Papa são evidentemente injustas e foi demonstrado que ninguém fez tanto quanto Bento XVI para condenar e combater corretamente tais crimes. Então, a presença massiva dos presbíteros na praça com Ele será un sinal forte da nossa decidida rejeição dos ataques de que è vítima. Portanto, vinde também para apoiar o Santo Padre.

O encerramento do Ano Sacerdotal não constituirá propriamente um encerramento, mas um novo início. Nós, o povo de Deus e os pastores, queremos agradecer a Deus por este período privilegiado de oração e de reflexão sobre o sacerdócio. Ao mesmo tempo, propomo-nos de estar sempre atentos ao que o Espírito Santo quer nos dizer. Entretano, voltaremos ao serviço de nossa missão na Igreja e no mundo com alegria renovada e com a convicção de que Deus, o Senhor da história, fica conosco, seja nas crises seja nos novos tempos.

A Virgem Maria, Mãe e Rainha dos sacerdotes, interceda por nós e nos inspire no seguimento de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.

Cardeal Cláudio Hummes

Arcebispo Emérito de São Paulo

Prefeito da Congregação para o Clero

terça-feira, 13 de abril de 2010

PAPA ENVIA AJUDA ÀS VITIMAS DOS DESLIZAMENTOS NO RIO DE JANEIRO




Através do Pontifício Conselho "Cor Unum", o Papa Bento XVI enfatizou sua solidariedade às vítimas das chuvas e deslizamentos no Rio de Janeiro, enviando uma doação em dinheiro ao arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, por intermédio da Nunciatura Apostólica no Brasil, uma doação de US$ 50.000,00, segundo informou a assessoria de imprensa da arquidiocese.

A ajuda é destinada "àqueles que foram atingidos pelos deslizamentos provocados pela chuva torrencial que devastou algumas favelas na cidade do Rio de Janeiro".

Dom Orani recebeu a comunicação do desejo do Santo Padre através de carta do cardeal Cordes, presidente do "Cor Unum". Bento XVI, com esse gesto, "quer estar perto das famílias que estão sofrendo e também perto de todos que generosamente estão trabalhando na operação de emergência".

Em decorrência das chuvas, das ocupações irregulares e dos deslizamentos de terra que açoitaram o Estado do Rio de Janeiro nos últimos dias, morreram 231 pessoas. A cidade com maior número de mortos é Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, com 146 mortes e 43 feridos. No morro do Bumba, 36 corpos já foram retirados das toneladas de lixo que desabaram sobre dezenas de casas, na noite da última quarta-feira.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

PADRE CANTALAMESSA NÃO QUIS OFENDER OS JUDEUS



O pregador do Papa, padre Raniero Cantalamessa, não teve a intenção de ofender a sensibilidade dos judeus em sua pregação de Sexta-feira Santa na Basílica Vaticana, e se o fez, pede humildemente por perdão.

O frade capuchinho, durante a celebração da Paixão do Senhor, na presença de Bento XVI, citou um trecho de uma carta recebida de um amigo judeu. Na carta, o autor afirmava reconhecer na recente onda de ataques por parte da mídia ao Papa e à Igreja alguns dos “aspectos mais vergonhosos do anti-semitismo”.

Na sequência, alguns veículos de comunicação apresentaram a pregação do padre Cantalamessa com o título “Contra o Papa e a Igreja, uma campanha de ódio como o anti-semitismo”, suscitando assim duras críticas por parte de representantes da comunidade judaica.

Em resposta a estas declarações, padre Cantalamessa afirmou: “Se, contrariamente às minhas intenções, ofendi a sensibilidade dos judeus e das vítimas de pedofilia, lamento sinceramente e peço desculpas, reafirmando minha solidariedade para com ambos”.

“Uma coisa devo esclarecer” – acrescentou o pregador da Casa Pontifícia - : “o Papa não apenas não inspirou minhas palavras, como ainda, juntamente aos que o acompanhavam, as ouviu pela primeira vez durante a liturgia em São Pedro. Ninguém no Vaticano jamais requisitou ler antecipadamente um texto meu, algo que considero um forte sinal de confiança em mim e nos veículos de comunicação”.
O frade capuchinho explicou ao Corriere della Sera as verdadeiras intenções de sua citação: “Neste ano a Páscoa judaica ocorre na mesma semana da Páscoa cristã. Isto fez nascer em mim, ainda antes de receber a carta de meu amigo judeu, o desejo de fazer chegar até eles uma saudação por parte dos cristãos”.

“Inseri o trecho da carta que recebi de meu amigo judeu porque me pareceu um testemunho de solidariedade (...) minha intenção era, portanto, amistosa, e de nenhuma forma hostil”.

“O autor da carta, um italiano muito ligado à sua religião, me autorizou em sua carta a também mencionar seu nome. Entretanto, julguei oportuno não envolve-lo, decisão que ainda mantenho”, disse depois.

Na Sexta-feira Santa, após a pregação, o diretor da Sala de Imprensa vaticana, padre Federico Lombardi S.J., precisou que “associar os ataques ao Papa pelos escândalos de pedofilia ao anti-semitismo não é a linha seguida pela Santa Sé”.

“Padre Cantalamessa” – prosseguiu o porta-voz – “quis apenas destacar a solidariedade para com o Pontífice por parte de um judeu, à luz da particular experiência de dor infligida a seu povo. Mas foi uma citação que poderia dar margem a mal-entendidos”, concluiu.


Por Zenit

sábado, 10 de abril de 2010

EM DEFESA DE BENTO XVI

Há algum tempo, nós católicos estamos percebendo uma verdadeira campanha, bastante orquestrada por sinal, para desacreditar a Igreja e, de forma especial, aquele Pastor que Deus lhe deu, o Santo Padre, o Papa Bento XVI.

As razões para esta campanha difamatória são bastante compreensíveis. Já antes de ser eleito Papa, Joseph Ratzinguer era conhecido como o “Panzer” alemão da Igreja Católica, ocupando o difícil e incômodo cargo de Prefeito da Congregação para a Defesa da Fé, Dicastério da Cúria romana responsável em “promover e em tutelar a doutrina da fé e dos costumes em todo o orbe católico” (Constituição Apostólica “Pastor Bonus”, do Santo Padre o Papa João Paulo II, n. 48). Assim, durante muitos anos à frente desta importante Congregação, o atual Papa, no cumprimento de seu dever, granjeou a fama de “homem duro”, insensível e implacável. Sua eleição para o Papado provocou pruridos de contestação dentro e fora da Igreja.

Já como Papa, Bento XVI provou que a fama de insensibilidade ou de possível dureza frente a problemas e situações não lhe é aplicada com justiça. É um homem afável, simples, compreensivo e muito santo.

O atual Papa é, antes de tudo, homem de Deus e homem da Igreja. Sabe separar o pecado do pecador. Sabe dizer as verdades com a suavidade da caridade. Sabe, em sua alta missão pastoral, ensinar, corrigir, admoestar e mesmo castigar quando isto se faz necessário.

Mas Bento XVI, aos olhos do mundo extremamente paganizado, tem um defeito mortal: é o homem da coerência, que não “vende” as verdades da fé, da moral, da disciplina cristãs a preço de bananas. Ou seja, não transige na questão dos princípios. É um homem de única peça, que não teme o que os outros pensam ou dizem de sua ação pastoral à frente da Igreja. Conseqüentemente, é alguém que incomoda, alguém que enfrenta os diversos “lobbys” que hoje pretendem impor suas visões relativistas e subjetivistas. Bento XVI, com sua autoridade moral de teólogo e de humanista ganhou o ódio daqueles que defendem, por exemplo, a liberalização do aborto, das uniões homossexuais, da eutanásia, etc. Estes movimentos tem suas forças mobilizadoras, que influem poderosamente na opinião pública. Para estes grupos, sempre bem organizados, a Igreja deveria mudar seu ensinamento, “adocicar” sua Doutrina, especialmente em relação à moral. Assim a questão escandalosa e vergonhosa dos casos constatados de pedofilia entre uns poucos eclesiásticos foi como servir “um prato cheio” a estes grupos de pressão. Não é a Igreja o paradigma da moralidade? E como pode permitir no seu interior tais escândalos? Melhor ainda seria encontrar um único caso em que, de alguma maneira, direta ou indiretamente, o Santo Padre pudesse estar envolvido... Sabe-se de um jornal da Alemanha que oferece milhões de euros para quem apresentar algum caso contundente, que envolva a pessoa de Bento XVI.

Nós católicos, com a nossa Igreja e com o nosso Pastor Supremo, vamos sulcando estes mares atribulados. A tempestade parece não ter fim. Possivelmente, ainda outros escândalos serão trazidos à luz.

Cabe-nos, a meu ver, algumas atitudes de fundo.

Primeiramente, o reconhecimento do mal que alguns pastores da Igreja ou membros de Institutos religiosos produziram, com estas atitudes irresponsáveis e doentias. O pan sexualismo que atingiu nosso mundo, depois dos anos sessenta, é sem dúvida, um dos responsáveis por todo este problema que hoje afeta e aflige a Igreja. Desleixou-se muito na seleção de candidatos e na formação afetiva oferecida em muitos seminários e casas de formação. Nossas crianças e nossos jovens tem o direito de encontrar na Igreja um ambiente sadio, onde se ensine a verdade sobre a sexualidade, na obediência amorosa às leis de Deus.

Em segundo lugar, é preciso olhar para o futuro, e preparar bem nossos futuros padres e religiosos, fazendo-os compreender que a vocação ao ministério ou à vida religiosa é um chamado de Deus à santidade e à coerência de vida. Não há lugar nos quadros hierárquicos da Igreja e na vida religiosa para quem não é capaz de amar de forma sadia, segundo o amor do Coração de Jesus.

Em terceiro lugar, é preciso rezar muito pela Igreja e pelo Santo Padre, o Papa, bem como pelos bispos, padres e religiosos em geral. Mas, de forma muito especial, neste momento difícil da História da Igreja, é preciso estar sempre particularmente unidos ao Papa, que sofre pressões inimagináveis. Não podemos abandoná-lo nesta hora, e assim como em relação a Pedro que “estava encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem cessar por ele, a Deus” (Atos, 12,5), nós também não podemos abandonar o Papa, e devemos rezar muito por ele.

Como já expressei em outra oportunidade, a Igreja vive um momento de purificação. E purificação é Graça de Deus, redunda sempre em renovação. Folhas secas e frutos apodrecidos cairão por terra. Sobrarão folhas e frutos verdejantes.

Dom Antonio Carlos Rossi Keller

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A IGREJA É CONTIGO, DOCE CRISTO NA TERRA!


A liturgia da Igreja convida-nos a uma santa alegria. Mesmo se cai a chuva nesta histórica praça, o sol resplandece nos nossos corações. Nós nos unimos a Vossa Santidade, rocha indefectível da santa Igreja de Cristo. A Vossa Santidade somos profundamente gratos por sua fortaleza de ânimo e pela coragem apostólica. Nós admiramos o seu grande amor e o modo como, com coração de pai, faz suas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens, atualmente sobretudo dos pobres e dos sofredores.

Hoje, através de mim, toda a Igreja deseja augurar-lhe boa Páscoa. A Igreja está com Vossa Santidade, os cardeais, os seus colaboradores da Cúria romana, os irmãos bispos espalhados pelo mundo.

Particularmente com Vossa Santidade nestes dias estão os 400 mil sacerdotes que servem o Povo de Deus nas paróquias, nos oratórios, nas escolas, nos hospitais, nas forças armadas e nos numerosos outros ambientes, como também nas missões nas mais remotas partes do mundo.

Com Vossa Santidade está todo o Povo de Deus, que não se deixa impressionar por mexericos do momento e pelas provas que de vez em quando atingem a comunidade dos crentes.

Jesus havia dito: “No mundo tereis tribulações; mas tende coragem: eu venci o mundo!”

Padre Santo, nós procuraremos guardar suas palavras nesta Solenidade pascal e rezaremos por Vossa Santidade, para que o Senhor continue a sustentá-lo na sua missão a serviço da Igreja e do próprio mundo!

Feliz Páscoa, Padre Santo! A Igreja é contigo, doce Cristo na terra!

Palavras do Cardeal Angelo Sodano dirigidas ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, no Domingo de Páscoa de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

JUDAS


A gloriosa ressurreição de Jesus Cristo foi a sua vitória sobre o pecado, a morte e a aparente derrota da Cruz. Choramos a sua Paixão e nos alegramos com a sua ressurreição.

A Igreja, fundada por Jesus, é o seu corpo místico. Assim como Jesus, é  divina e humana. Divina na sua doutrina, na graça que possui e na assistência contínua do seu Divino Fundador. Humana nos seus membros, nós, fracos e pecadores. Por isso dizemos que a Igreja é santa e penitente. Como expressou o Papa Pio XII: "Sem mancha alguma, brilha a Santa Madre Igreja nos sacramentos com que gera e sustenta os filhos; na fé que sempre conservou e conserva incontaminada; nas leis santíssimas que a todos impõe, nos conselhos evangélicos que dá; nos dons e graças celestes, pelos quais com inexaurível fecundidade produz legiões de mártires, virgens e confessores. Nem é sua culpa se alguns de seus membros sofrem de chagas ou doenças; por eles ora a Deus todos os dias: 'Perdoai-nos as nossas dívidas' e incessantemente com fortaleza e ternura materna trabalha pela sua cura espiritual." (Mystici Corporis). 

Na Paixão de Jesus, aparece a figura de Judas Iscariotes, o traidor, figura e precursor de todos os traidores da história. Judas foi um Apóstolo escolhido por Jesus, tendo vivido três anos em sua companhia e dos outros dicípulos, imcubido por Jesus da missão de evangelizar. Mas foi infiel e, por dinheiro, entregou Jesus aos inimigos. E ninguém pode acusar Jesus misericordioso de conivente e omisso por ter tolerado Judas tanto tempo em sua companhia.

"Judas" são todos aqueles que traem sua missão. Foi assim que o Santo Padre, o Papa Bento XVI escreveu, em sua carta pastoral ao povo da Irlanda, referindo-se aos sacerdotes e religiosos que abusaram dos jovens: "Traístes a confiança que os jovens inocentes e os seus pais tinham em vós. Por isto deveis responder diante de Deus onipotente, assim como diante de tribunais devidamente constituídos. Perdestes a estima do povo da Irlanda e lançastes vergonha e desonra sobre os vossos irmãos. Quantos de vós sacerdotes violastes a santidade do sacramento do sacramento da Ordem, no qual Cristo se torna presente em nós e nas nossas ações. Juntamente com o enorme dano causado às vítimas, foi perpetrando um grande dano à Igreja e à percepção pública do sacerdócio e da vida religiosa. Exorto-vos a examinar a vossa consciência, a assumir a vossa responsabilidade dos pecados que cometestes e a expressar com humildade o vosso pesar. O arrependimento sincero abre a porta ao perdão e à graça da verdadeira emenda. Oferecendo orações e penitências por quantos ofendestes, deveis procurar reparar pessoalmente as vossas ações. O sacrificio redentor de Cristo tem o poder  de perdoar até o pecado mais grave e de obter o bem até do mais terrível dos males. Reconhecei abertamente a vossa culpa, submetei-vos às exigências da justiça, mas não desespereis da misericórdia de Deus."

Por Dom Fernando Arêas Rifan

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O MISTÉRIO PASCAL



A Santa Mãe Igreja com sua sabedoria bimilenar prepara todos os anos seus filhos para viver intensamente o grande mistério de nossa Redenção, a Páscoa de seu Senhor e Salvador Jesus Cristo e, por consequência, a páscoa de todos os seus membros que somos nós batizados em nome da Trindade Santa. Por meio do jejum, da esmola e da oração durante a Sagrada Quaresma e da participação ativa e consciente nas celebrações da Semana Santa, no qual celebramos e revivemos os derradeiros dias de Cristo e todo o drama do Calvário, somos convidados a meditar a magnitude da Páscoa na vida do cristão, pois como afirma o apóstolo: “se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé” (Cf. 1Cor 15, 14).

Assim, “a ressurreição de Cristo – nos ensina o Catecismo da Igreja Católica – é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento e do próprio Jesus durante sua vida terrestre. [...] Por isso, a páscoa não é simplesmente uma festa entre as outras: é a ‘festa das festas’, ‘solenidade das solenidades’, como a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos (o grande sacramento). Sto. Atanásio a denomina ‘o grande domingo’ como a semana santa é chamada no Oriente ‘a grande semana’. O mistério da ressurreição, no qual Cristo esmagou a morte, penetra nosso velho tempo com sua poderosa energia até que tudo lhe seja submetido. [...] O ano litúrgico é o desdobramento dos diversos aspectos do único mistério pascal. Isto vale particularmente para o ciclo de festas em torno do mistério da encarnação (Anunciação, Natal, Epifania) que comemoram o começo de nossa salvação e nos comunicam as primícias do Mistério da Páscoa” (CIC § 652; 1169; 1171).

Devido a esta centralidade do mistério Pascal é que a Igreja estende o Tempo Pascal do domingo de Páscoa até Pentecostes, inclusive. A ressurreição de cristo foi princípio de renovação e vida nova para todos os homens, bem como para todo o universo: uma verdadeira primavera espiritual. Os cinquentas dias do Tempo Pascal são marcados pelo júbilo profundo dos nossos corações, que é a fé na ressurreição triunfante do Salvador e fidelidade sempre renovada ao nosso batismo, no qual somos co-ressuscitados com Cristo para uma vida nova, na alegria de sermos cristãos.

Este Cristo Ressuscitado, do qual Maria Madalena e outras mulheres dão testemunho e anunciam (Cf. Mt 28, 1-10), continua vivo, presente e atuante na Igreja e no mundo como testemunha o círio pascal – aquela imensa vela acesa na noite de Páscoa e que permanece luminosa até Pentecostes – como sinal da presença de Cristo, Luz do mundo, entre os seus. Desse modo em cada domingo deste período, a liturgia celebra um aspecto desta presença salvífica de Cristo Ressuscitado: a misericórdia de Cristo, no 2º domingo da Páscoa; a sua presença na Eucaristia, no 3º domingo; o Bom Pastor que continua a pastorear o rebanho por meio dos ministros ordenados (o Papa, os bispos e os padres), como ressalta a liturgia do 4º domingo da Páscoa; a caridade fraterna que une os membros da Igreja e dá testemunho de Cristo Ressuscitado, no 5º domingo; a promessa do Espírito Santo como princípio da vida pascal da Igreja e de todo cristão, no 6º domingo; sua ascensão aos céus onde está sentado à direita do Pai, no 7º domingo; e, finalmente, o envio do Espírito Santo no dia de Pentecostes que realiza a plenitude da páscoa de Cristo por meio da Igreja, sacramento universal de salvação.

Diante deste grandioso mistério de fé, a Santa Igreja canta o hino da vitória e proclama solenemente o Aleluia, revestida de branco e dourado, ornada de flores e cintilante com a luz do círio pascal aguardando o momento em que será arrebatada ao céu empíreo para junto de seu divinal Esposo, o Cordeiro Imaculado, em sua Páscoa definitiva (Cf. Ap21). Peçamos a Virgem Maria que nos faça fiéis ao seu Filho Jesus para que possamos participar das alegrias da Jerusalém Celeste onde o próprio Deus “enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição” (Cf. Ap 21, 4). Uma santa e abençoada Páscoa para todos, na certeza da vitória definitiva de Cristo sobre o pecado e a morte!

Por Maycon Sanches