A gloriosa ressurreição de Jesus Cristo foi a sua vitória sobre o pecado, a morte e a aparente derrota da Cruz. Choramos a sua Paixão e nos alegramos com a sua ressurreição.
A Igreja, fundada por Jesus, é o seu corpo místico. Assim como Jesus, é divina e humana. Divina na sua doutrina, na graça que possui e na assistência contínua do seu Divino Fundador. Humana nos seus membros, nós, fracos e pecadores. Por isso dizemos que a Igreja é santa e penitente. Como expressou o Papa Pio XII: "Sem mancha alguma, brilha a Santa Madre Igreja nos sacramentos com que gera e sustenta os filhos; na fé que sempre conservou e conserva incontaminada; nas leis santíssimas que a todos impõe, nos conselhos evangélicos que dá; nos dons e graças celestes, pelos quais com inexaurível fecundidade produz legiões de mártires, virgens e confessores. Nem é sua culpa se alguns de seus membros sofrem de chagas ou doenças; por eles ora a Deus todos os dias: 'Perdoai-nos as nossas dívidas' e incessantemente com fortaleza e ternura materna trabalha pela sua cura espiritual." (Mystici Corporis).
Na Paixão de Jesus, aparece a figura de Judas Iscariotes, o traidor, figura e precursor de todos os traidores da história. Judas foi um Apóstolo escolhido por Jesus, tendo vivido três anos em sua companhia e dos outros dicípulos, imcubido por Jesus da missão de evangelizar. Mas foi infiel e, por dinheiro, entregou Jesus aos inimigos. E ninguém pode acusar Jesus misericordioso de conivente e omisso por ter tolerado Judas tanto tempo em sua companhia.
"Judas" são todos aqueles que traem sua missão. Foi assim que o Santo Padre, o Papa Bento XVI escreveu, em sua carta pastoral ao povo da Irlanda, referindo-se aos sacerdotes e religiosos que abusaram dos jovens: "Traístes a confiança que os jovens inocentes e os seus pais tinham em vós. Por isto deveis responder diante de Deus onipotente, assim como diante de tribunais devidamente constituídos. Perdestes a estima do povo da Irlanda e lançastes vergonha e desonra sobre os vossos irmãos. Quantos de vós sacerdotes violastes a santidade do sacramento do sacramento da Ordem, no qual Cristo se torna presente em nós e nas nossas ações. Juntamente com o enorme dano causado às vítimas, foi perpetrando um grande dano à Igreja e à percepção pública do sacerdócio e da vida religiosa. Exorto-vos a examinar a vossa consciência, a assumir a vossa responsabilidade dos pecados que cometestes e a expressar com humildade o vosso pesar. O arrependimento sincero abre a porta ao perdão e à graça da verdadeira emenda. Oferecendo orações e penitências por quantos ofendestes, deveis procurar reparar pessoalmente as vossas ações. O sacrificio redentor de Cristo tem o poder de perdoar até o pecado mais grave e de obter o bem até do mais terrível dos males. Reconhecei abertamente a vossa culpa, submetei-vos às exigências da justiça, mas não desespereis da misericórdia de Deus."
Por Dom Fernando Arêas Rifan
Maravilhoso, rezemos para que assim com os nossos corções contritos com espírito de humildade alcancemos a santificação e continuemos com o legado de fiéis santos que aguardam a vinda de nosso Senhor Jesus, a sua santa cruz nos redimiu, que sejemos fiéis dia pós dia para que venhamos desfrutar das alegrias que nos aguardam na patria celeste.
ResponderExcluir